Mas é difícil avistá-la porque ela não costuma nadar em águas rasas, próximo das praias; prefere as águas oceânicas. Os mergulhos da baleia-azul costumam durar de três a dez minutos, mas podem chegar a até 30 minutos. Nesses mergulhos mais longos, o animal pode atingir uma profundidade de até 200 metros (haja fôlego!).
A velocidade com que nada varia de cinco a 15 quilômetros por hora, mas pode chegar a 30 quilômetros por hora, quando a baleia-azul foge da orca, seu principal predador.
A alimentação deste gigante dos mares é basicamente composta de pequenos crustáceos, como o krill -- minúsculos camarões que vivem em cardumes flutuando próximo à superfície das águas. Uma baleia-azul adulta pode comer até duas toneladas de krill por dia.
As fêmeas da baleia-azul são maiores do que os machos. Os filhotes nascem com cerca de sete metros de comprimento e pesando, aproximadamente, duas toneladas e meia, após 11 meses de gestação.
Eles são amamentados por um período de sete meses, quando atingem quase 13 metros e 10 toneladas. Por causa de seu tamanho, a baleia-azul foi muito caçada no final do século 19 e no início do século 20. Aproveitava-se tudo do animal: a carne, o óleo (gordura), as barbatanas e até os ossos.
Felizmente, em 1966, após a caça de mais de um milhão de baleias-azuis, o animal recebeu proteção no mundo inteiro. Acredita-se que havia cerca de 250 mil representantes da espécie no hemisfério Sul antes do período exploratório. Hoje, não há mais que 1.500, o que a coloca na lista dos animais ameaçados de extinção.
Apesar de o número de representantes da espécie estar aumentando no hemisfério Norte, dificilmente chegará perto do que se verificou no passado. Até porque o krill -- principal alimento da baleia-azul -- vem sendo capturado pelo homem e é também disputado por outros animais, como baleias, focas, peixes, pingüins e outras aves. No Brasil, a baleia-azul é muito rara.
Durante 75 anos de caça no litoral brasileiro, apenas quatro foram capturadas e poucas mais foram vistas. O mais recente registro da espécie em nossas águas foi o de uma fêmea de 23 metros que encalhou no Chuí, Rio Grande do Sul. O esqueleto dela está no Museu Oceanográfico da Universidade de Rio Grande, também localizado no Rio Grande do Sul. Se estiver de passagem por lá, confira como é impressionante o tamanho da baleia-azul!
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Cetacea
Subordem: Mysticeti
Família: Balaenopteridae
Género: Balaenoptera
Espécie: B. musculus
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