Embora também seja ativo à noite, o caranguejo-uçá usa o dia, sobretudo para se alimentar, até em função de se utilizar da visão para a coleta das folhas.
Como todos os crustáceos, também troca seu exoesqueleto para crescer (esse fenômeno é denominado muda ou ecdise). Quando isso ocorre, costuma fechar a entrada da habitação com lama. O caranguejo-uçá também é conhecido por caranguejo-verdadeiro.
O uçá habita tocas profundas e tortuosas. As galerias desta espécie chegam facilmente a medir 84 centímetros de profundidade, mas podem ir além, até 1,15 metro.
Geralmente a entrada de sua toca tem formato elíptico em função de suas dimensões corporais. Uma curiosidade: ele sempre entra de lado em sua casa.
O caranguejo-uçá apresenta crescimento lento e pode viver pouco mais de 10 anos.
Conhecido por sua coloração azulada, arroxeada ou avermelhada, o iça ocorre nas regiões de mangue do Brasil.
Embora a captura do caranguejo-uçá seja regulamentada por duas portarias do Ibama, que estabelecem, entre outras coisas, tamanhos mínimos para a largura de carapaça para a sua captura, multas e até prisão por desobediência às normas, esta espécie consta na Lista Nacional das Espécies de Invertebrados Aquáticos e Peixes Sobreexplotadas ou Ameaçadas de Sobreexplotação.
Durante o inverno ele costuma ficar em profundas galerias, dificultando o trabalho do coletor. Pesquisas realizadas pela Universidade Federal da Paraíba demonstram uma queda na produção do caranguejo-uçá em mais de 500% em todo o litoral paraibano, o que deixa o animal passível de extinção no Estado.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Crustacea
Classe: Malacostraca
Ordem: Decapoda
Infraordem: Brachyura
Superfamília: Ocypodoidea
Família: Ocypodidae
Género: Ucides
Espécie: U. cordatus
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